"Me diga que está triste, eu consolo. Me diga que nunca foi tão feliz, eu concordo. Me ame ou me odeie. Me mande pra puta-que-o-pariu ou me convide pra ir com você. Exploda na minha cara ou se derreta na minha mão. Deixa eu te ver morrendo de tanto rir ou com vergonha das olheiras de tanto chorar. Só não me esconda o rosto. Me abrace, me esmurre, me lamba ou me empurre. Só não me balance os ombros. Não me perturba assistir tua dor nem acompanhar teu gás.
Te ver mais ou menos realmente me incomoda. Mais ou menos não rende papo, não faz inverno nem verão, não exige uma longa explicação. É melhor estar alegre ou estar triste, mais ou menos é a pior coisa que existe."
(Gabito Nunes)
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
"Creio que fui abençoada com um coração gigantesco e em contrapartida com um pavio bem curto, são os ápices que me mantém em pé."
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(Khaled Hosseini - O Caçador de Pipas)
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sábado, 25 de dezembro de 2010
Here by me
"And everything I had in this world
And all that I'll ever be
It could all fall down around me.
Just as long as I have you,
Right here by me."
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"Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Entupo-me de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho, desiquilibrada, em cima de uma linha tênue..entre a lucidez e a loucura..."
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Um pouco menos
Em poucos momentos na vida me senti tão perdida como nos últimos meses, parece que toda minha vida tinha tomado rumos inesperados, e que não eram nada agradáveis. Passei dias difíceis, isolada pensando um pouco na vida, me torturando com o que poderia acontecer, com o que poderia ser feito..., e acabei esquecendo de ser quem sempre fui, acabei esquecendo de amar, acabei esquecendo de viver...
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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Há muito tempo participei dos melhores jardins que já pude ver crescer, cuidei e fui cuidada pelas coisas mais importantes que pra mim já existiram. Mas daí o tempo fechou, e arrastou com ela quase tudo de bonito que tinha cultivado, levou consigo inclusive minha vontade de estar ali, levou consigo toda a alegria que um dia carreguei comigo, minhas pétalas já não existem, e nem eu quero que elas existam...
Aqui sozinha fico me perguntando se a chuva carregou pra me provar que sou forte o suficiente pra aguentar outra tempestade, ou se foi só pra me mostrar o quão frágil sou, seja o que for não acho que seja capaz de suportar muito mais.
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sábado, 13 de novembro de 2010
Tenho medo de perder a capacidade de olhar as coisas simples que tanto admiro. Tenho medo de me trancar entre as minhas dores e me negar a ver tudo de bom que ainda tenho. Tenho medo de por isso ficar sozinha. Tenho medo de me tornar amarga, de me tornar minha pior inimiga. Tenho medo de perder a razão, tenho medo de perder, tenho medo de não suportar... E veja só... eu que sempre tive medo de sentir medo...
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma de nossos corpos e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia. E se não ousarmos fazê-la teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos."
Fernando Pessoa
"Vou te dizer o que eu nunca te disse antes, talvez seja isso o que está faltando: ter dito. Se eu não disse, não foi por avareza de dizer, nem por minha mudez de barata que tem mais olhos que boca. Se eu não disse é porque não sabia que sabia — mas agora sei. Vou-te dizer que eu te amo. Sei que te disse isso antes, e que também era verdade quando te disse, mas é que só agora estou realmente dizendo."
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domingo, 22 de agosto de 2010
The king
Ele não sabe mais nada sobre mim.
Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu,
que os meus olhos estão menos melancólicos, mas que tenho estado quieta, calada, concentrada numa vida prática ,
e sem aquela necessidade toda de ser amada.
Ele não sabe quantos livros puder ler em algumas semanas.
Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos.
Ele não sabe que a cada dia eu penso menos nele,
mas que conservo alguma curiosidade em saber se o seu coração está mais tranqüilo, se seu cabelo mudou,
se o seu olhar continua inquieto. Ele nem imagina quanta coisa pude planejar durante esses dias ,
e como me isolei pra tentar organizar todos os meus projetos.
Que tenho sentido mais sono e ainda assim,
dormido pouco.
Que tenho escrito mais no meu caderno de sonhos.
Que aqui faz tanto frio, ele não sabe por mim.
Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável.
Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre.
Ele não sabe que eu entendi que se eu resolver a minha dor,
ainda assim, poderei criar através da dor alheia sem precisar sofrer junto pra conceber um poema de cura.
Hoje foi um dia em que percebi quanta coisa em mim mudou e ele não sabe sobre nada disso.
Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha.
Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia:
ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.
......
Eu te agradeço por esse afastamento lento e gradual e pela viagem interrompida por seus perpétuos atrasos causados pelo medo de tirar os pés do chão.
Agora, a cada dia eu preciso de uma roupa nova desde que minhas malas
foram extraviadas para sempre com todo o nosso excesso de bagagem.
Eu te agradeço pela honestidade da sua omissão tão previsível que sempre confundi com meus presságios.
Essa ida sem despedida que você covardeou: eu finjo que não sei, você finge que não foi.
E a gente segue inventando que ainda se interessa pelo que começamos a construir juntos,
num outro contexto, pra realçar nossos vínculos.
Eu te agradeço a descoberta de que se não seguimos juntos nessas coisas do amor,
seja porque talvez
eu, veterana
enquanto
você ama-dor.
[Marla de Queiroz]
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domingo, 25 de julho de 2010
Lembranças
Estranha sensação de ver e não sentir, ou melhor de sentir que tudo passou..., às vezes me pego pensando se eu tentasse voltar a falar, voltar a conversar..., mas sinceramente logo desconsidero a idéia não por medo de reacender algo em mim..., mas simplesmente pelo fato de que não vejo nada que possa me fazer crescer .
É como uma doce lembrança dos tempos de criança, onde tudo que acontecia parecia verdadeiramente sério, e naquela realidade realmente era, mas hoje vejo que as coisas eram muito mais simples do que pareciam.
Sinceramente tenho uma vontade indiscutivel dentro de mim, uma tarde..., é não queria lembranças renascendo em minha vida, o lugar das lembranças são no passado, mas queria sim uma tarde de conversa, seria como olhar as páginas de um velho álbum, e lembrar das coisas mais engraçadas e trágicas de uma época em que o mundo era simples e eu não sabia lidar com as coisas.
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sábado, 24 de julho de 2010
Durante muito tempo na minha vida vi as coisas passarem pela janela, tive muito medo de agarrar as decisões da minha vida, tinha muito medo de decidir, tinha muito medo de mudar, muito medo de viver coisas diferentes..., não era que eu não quisesse, eu simplesmente não tinha coragem, não tinha atitude..., eu era apática diante da minha vida.
Perdi a conta do número de vezes que quis uma coisa, e não tive coragem de simplesmente dizer sim..., até que um dia um dos meus “nãos” medrosos..., virou o ”sim” mais corajoso que alguém já me deu e eu vivi o ano mais feliz da minha vida, aprendi que na vida quem tem medo de voar não vive, se conforma com o que tem achando que aquilo é o máximo que se pode ter, se agarra a tudo a sua volta com medo de que tudo possa ser ainda pior...
Não, eu não penso “que covardia!”... Já fui assim durante alguns anos, mas hoje eu tento ensinar passarinhos a voar como um dia me ensinaram. Hoje eu tento dar a mão e falar “deixa de bobagem a vida pode ser muito mais..., permita-se!”, e tento principalmente ver o sorriso que um dia me ensinaram a estampar no rosto, iluminado em outros rostos...
“Se eu pudesse ao menos te contar o que se enxerga lá do alto com o céu aberto limpo e claro, ou com os olhos fechados, se eu pudesse ao menos te levar comigo pro alto da montanha (...)”
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sábado, 10 de julho de 2010
Avenca
A primeira vez que ouvi foi há uns 3 anos, me falavam sobre a formação do protalo, sinceramente nada muito interessante, nunca quis saber muito de botânica... num fazia meu estilo.
Daí conheci melhor..., vi que tinha lá o seu encanto, avenca trata-se de uma planta muito delicada, com folhas pequenas, sem flores ou frutos...., trata-se de uma planta que cresce quieta, pequena, frágil, e que a maioria das pessoas não da importância pois a maior parte delas buscam algo frondoso como uma sequóia ou bonito aos olhos como um ipê, e por isso nem percebem aquela plantinha que fica geralmente nos cantos, aparentemente sempre verde.
Eu sempre gostei de detalhes daí o motivo, creio eu, de eu ter prestado atenção justamente na plantinha, achei logo de cara as folhinhas bonitinhas e misteriosas, aparentemente muito regulares, todas iguais... com o tempo fui me desligando de qualquer outra planta maior e mais bonita, e fixei de vez os olhos nessa avenca. Sem perceber ela foi crescendo como uma sequóia e ganhou o colorido do ipê, deu frutos,e vê-la enorme me fez melhor, e quando vi já não existia mais qualquer espaço que não fosse pra aquela delicada avenca.
Dada tamanha importância a avenca cresce, fortalece... mas o inverno chega e ela morre, murcha... e agora não vejo vida nela apenas sinto meu coração apertado a espera do verão pra ver se ela morreu, ou só se guardou para um estação mais bela e mais tranqüila...
Sinceramente minha avenca, vai ser sempre minha, se um dia sobrar só o terreno vazio, esse vazio vai sempre me lembrar as folhinhas mais delicadas que eu já tive a honra, mas não a competência de cuidar.
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