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domingo, 25 de julho de 2010

Lembranças


Estranha sensação de ver e não sentir, ou melhor de sentir que tudo passou..., às vezes me pego pensando se eu tentasse voltar a falar, voltar a conversar..., mas sinceramente logo desconsidero a idéia não por medo de reacender algo em mim..., mas simplesmente pelo fato de que não vejo nada que possa me fazer crescer .

É como uma doce lembrança dos tempos de criança, onde tudo que acontecia parecia verdadeiramente sério, e naquela realidade realmente era, mas hoje vejo que as coisas eram muito mais simples do que pareciam.

Sinceramente tenho uma vontade indiscutivel dentro de mim, uma tarde..., é não queria lembranças renascendo em minha vida, o lugar das lembranças são no passado, mas queria sim uma tarde de conversa, seria como olhar as páginas de um velho álbum, e lembrar das coisas mais engraçadas e trágicas de uma época em que o mundo era simples e eu não sabia lidar com as coisas.

sábado, 24 de julho de 2010


Durante muito tempo na minha vida vi as coisas passarem pela janela, tive muito medo de agarrar as decisões da minha vida, tinha muito medo de decidir, tinha muito medo de mudar, muito medo de viver coisas diferentes..., não era que eu não quisesse, eu simplesmente não tinha coragem, não tinha atitude..., eu era apática diante da minha vida.

Perdi a conta do número de vezes que quis uma coisa, e não tive coragem de simplesmente dizer sim..., até que um dia um dos meus “nãos” medrosos..., virou o ”sim” mais corajoso que alguém já me deu e eu vivi o ano mais feliz da minha vida, aprendi que na vida quem tem medo de voar não vive, se conforma com o que tem achando que aquilo é o máximo que se pode ter, se agarra a tudo a sua volta com medo de que tudo possa ser ainda pior...

Não, eu não penso “que covardia!”... Já fui assim durante alguns anos, mas hoje eu tento ensinar passarinhos a voar como um dia me ensinaram. Hoje eu tento dar a mão e falar “deixa de bobagem a vida pode ser muito mais..., permita-se!”, e tento principalmente ver o sorriso que um dia me ensinaram a estampar no rosto, iluminado em outros rostos...

“Se eu pudesse ao menos te contar o que se enxerga lá do alto com o céu aberto limpo e claro, ou com os olhos fechados, se eu pudesse ao menos te levar comigo pro alto da montanha (...)”

sábado, 10 de julho de 2010

Avenca


A primeira vez que ouvi foi há uns 3 anos, me falavam sobre a formação do protalo, sinceramente nada muito interessante, nunca quis saber muito de botânica... num fazia meu estilo.

Daí conheci melhor..., vi que tinha lá o seu encanto, avenca trata-se de uma planta muito delicada, com folhas pequenas, sem flores ou frutos...., trata-se de uma planta que cresce quieta, pequena, frágil, e que a maioria das pessoas não da importância pois a maior parte delas buscam algo frondoso como uma sequóia ou bonito aos olhos como um ipê, e por isso nem percebem aquela plantinha que fica geralmente nos cantos, aparentemente sempre verde.

Eu sempre gostei de detalhes daí o motivo, creio eu, de eu ter prestado atenção justamente na plantinha, achei logo de cara as folhinhas bonitinhas e misteriosas, aparentemente muito regulares, todas iguais... com o tempo fui me desligando de qualquer outra planta maior e mais bonita, e fixei de vez os olhos nessa avenca. Sem perceber ela foi crescendo como uma sequóia e ganhou o colorido do ipê, deu frutos,e vê-la enorme me fez melhor, e quando vi já não existia mais qualquer espaço que não fosse pra aquela delicada avenca.

Dada tamanha importância a avenca cresce, fortalece... mas o inverno chega e ela morre, murcha... e agora não vejo vida nela apenas sinto meu coração apertado a espera do verão pra ver se ela morreu, ou só se guardou para um estação mais bela e mais tranqüila...

Sinceramente minha avenca, vai ser sempre minha, se um dia sobrar só o terreno vazio, esse vazio vai sempre me lembrar as folhinhas mais delicadas que eu já tive a honra, mas não a competência de cuidar.