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domingo, 22 de maio de 2011


Eu vivo sempre no mundo da lua.

Porque sou um cientista
O meu papo é futurista
É lunatico

Eu vivo sempre no mundo da lua

Tenho uma alma de artista
Sou um gênio sonhador
E romantica

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou aventureiro
Desde o meu primeiro passo
Pro infinito

Eu vivo sempre no mundo da lua

Porque sou inteligente
Se voce quer vir com a gente
Venha que será um barato

Pega carona nessa calda de cometa
Ver a Via-Lactea, estrada tão bonita
Brincar de esconde-esconde numa nebulosa
Voltar para casa nosso lindo Balão azul

sábado, 21 de maio de 2011


Sem palavras - Móveis Coloniais de Acaju

(...)

Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?

Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é rouco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não!

Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender

domingo, 15 de maio de 2011

Sing it out



SING - My Chemical Romance

Sing it for the boys
Sing it for the girls
Every time that you lose it sing it for the world
Sing it from the heart
Sing it till you're nuts
Sing it out for the ones that'll hate your guts
Sing it for the deaf
Sing it for the blind
Sing about everyone that you left behind
Sing it for the world
Sing it for the world

sábado, 7 de maio de 2011

domingo, 1 de maio de 2011

So sick


Gotta change
My answering machine
Now that I'm alone

Cause right now
It says that WE
Can't come to the phone

And I know it makes no sense
Cause you walked out the door
But it's the only way
I hear your voice anymore

(It's ridiculous)
It's been months

And for some reason I just
(Can't get over us)
And I'm stronger than this
(Enough is enough)

No more walking round
With my head down
I'm so over being blue
Crying over you

And I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing you were still here

Said I'm so sick of love songs
So sad and slow
So why can't I turn off the radio?

Gotta fix that calendar I have
That's marked July 15th
Because since there's no more you
There's no more anniversary

I'm so fed up with my thoughts of you
And your memory
And how every song reminds me
Of what used to be

That's the reason
I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing you were still here

Said I'm so sick of love songs
So sad and slow
So why can't I turn off the radio?

(Leave me alone) Leave me alone
(Stupid love songs)

Don?t make me think about her smile
Or having my first child
I'm letting go
Turning off the radio

Cuz I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing she was still here

Said I'm so sick of love songs
So sad and slow
So why can't I turn off the radio?

(Why can't I turn off the radio?)

Said I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing she was still here

Said I'm so sick of love songs
So sad and slow
So why can't I turn off the radio?

(Why can't I turn off the radio?)

And I'm so sick of love songs
So tired of tears
So done with wishing' you were still here

Said I'm so sick of love songs
So sad and slow
Why can't I turn off the radio?

sábado, 30 de abril de 2011

sábado, 23 de abril de 2011

O amor acaba
Paulo Mendes Campos


O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.